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 Junho de 1941.  Rompendo o pacto de não agressão Molotov-Ribbentrop, a Alemanha nazista desencadeia a Operação Barbarossa, invadindo o território da União Soviética por três direções simultaneamente.  A surpresa da operação resultou em milhões de prisioneiros de guerra e na destruição de boa parte da aviação soviética, ainda no solo, eliminando sua capacidade de reação.
Diante desse cenário e com o desejo de contribuir para a defesa de sua Pátria, centenas de mulheres apresentaram-se voluntariamente para a aviação do Exército Vermelho e, nesse sentido, Marina Raskova, uma aviadora recordista e Heroína da União Soviética, usou seu prestígio e fama para convencer Josef Stalin a criar unidades aéreas compostas por mulheres.  Com a aprovação do líder, foi criado o 122º Grupo de Aviação Composto, organizado com três regimentos de aviação femininos, que receberam jovens voluntárias de todas as regiões do país.  Apesar de o Estado soviético instituir, de forma pioneira, políticas de igualdade de gênero, a sociedade ainda guardava profundos traços machistas, o que obrigou as aviadoras a superarem a descrença e o preconceito para poderem defender seu país.
Dois dos regimentos foram mistos, com integrantes predominantemente femininos complementados por homens, mas um deles - o 588º Regimento de Bombardeio Noturno – foi integralmente organizado com mulheres, desde sua comandante, até a mais modesta das soldadas da equipe de apoio em solo.  Sua audácia e eficiência nos ataques noturnos levaram o terror aos alemães, que apelidarem a unidade de “Bruxas da Noite” (“Nachthexen”).
Voando frágeis e obsoletos aviões de lona, sem paraquedas e cumprindo dezenas de missões de combate a cada noite, as jovens aviadoras atacaram com inigualável eficiência as forças alemãs, desde Stalingrado até o coração da Alemanha, sendo comuns os casos de heroísmo. Muitas delas não retornaram aos seus lares, oferecendo a vida em sacrifício na “Grande Guerra patriótica”.
Alicerçada em fontes primárias e depoimentos das ex-combatentes que sobreviveram ao conflito, a presente obra revisita a trajetória das mulheres aviadoras soviéticas durante a Segunda Guerra Mundial e analisa sua contribuição na vitória contra o nazismo, naquela que foi a única experiência de unidade aérea exclusivamente feminina na história das guerras. Um paradigma para a inserção das mulheres como aviadoras em diversas forças aéreas no curso dos séculos XX e XXI. BRUXAS DA NOITE é um emocionante tributo à coragem, ao pioneirismo, ao patriotismo e ao sacrifício, quando jovens mulheres se lançaram aos céus para defender sua Pátria.
A guerra, no feminino.

 

Referência - Daróz, carlos; DARÓZ, Ana. Bruxas da noiite: as aviadoras soviéticas na Segunda Guerra Mundial. São José dos Campos, Somos: 2018.

 

Link para aquisição - https://www.facebook.com/asbruxasdanoite

BRUXAS DA NOITE: AS AVIADORAS SOVIÉTICAS NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

50.00R$Precio
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